sexta-feira, 24 de setembro de 2010

[ReiEterno] O Cristão e a Política

O Cristão e a Política 
[Este texto não é originalmente meu, mas quero fazê-lo como se fosse minhas próprias palavras. 
Meu comentários estão entre colchetes. Eu editei livremente com negritos e itálicos, e coloquei alguns textos bíblicos por extenso.]

No período eleitoral fica mais evidente a tragédia espiritual de parte dos cristãos. Poucas situações são mais claras para demonstrar como cresce um cristianismo sem Cristo, em que sua vida e os valores que ensinou parecem estar ausentes em um número cada vez maior de pessoas que dizem segui-lo.

[Hoje me deparei com um curso de Teologia que falava de tudo, menos de Cristo, que nojo!]

Podemos destacar três grupos trágicos: 

1. Os que se envolvem de “corpo e a alma” em suas posições e preferências políticas, passando a ter um comportamento idêntico ao dos homens em trevas 

A triste e lamentável situação destes é terrivelmente chocante. Eles se envolvem completamente em defesa de suas posições, passam a ter comportamentos afrontosos a Palavra de Deus e perdem completamente toda sensibilidade espiritual. 

Os meios para defender suas posições incluem toda espécie de males, tais como: maldades, contendas, malignidades, invenção de males, malícias, chocarrices, mentiras, palavras torpes, gritarias, maledicências, detratações, injúrias, falta de respeito para com as autoridades etc. Não pensam duas vezes antes de lançar mãos das paixões da carne, às quais a vontade deles está presa, passando a depreciar a quem consideram seus opositores, usando argumentações próprias dos homens perdidos. Com suas línguas ferinas atacam autoridades, proferem acusações, envolvem-se em lamentáveis contendas e gritarias. Este envolvimento tem graus diferentes, mas nenhum deles deixa de ser perverso e abominável aos olhos de Deus (Rm. 1: 29-32 , Ef. 4: 25-32, 5: 1-7 ; Cl 3:8 , II Ped. 2: 9-10). 

Parte deste grupo busca algo em troca de seu envolvimento político. Não mais depende de Deus, mas de dádivas que seu candidato pode lhe oferecerer se chegar ao poder. Em nome de seu próprio interesse viola os princípios básicos da fé que diz ter. Sobre estes a Bíblia diz: "Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; e que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; Que descem ao Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, e para confiarem na sombra do Egito. Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão". (Is. 30: 1-3) 

2. Os que colocam suas esperanças na força do homem e não em Deus 
[Particularmente é um dos que me chama mais a atenção]
Evidente que o primeiro grupo também está incluso nesta outra lamentável situação. Mas há também aqueles que, embora não gritem por aí, estão com suas confianças depositadas nos homens [e não em Deus]. Discretamente ou não, imaginam que um político tem o poder de acrescentar algo de valor divino para sociedade. Seus corações não estão esperançosos no Reino Eterno de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas no reino do homem. Não vivem como súditos de um Reino que não pertence a este mundo condenado, por isso pensam que seu candidato tem o poder de melhorar o reino e o sistema que pertencem a Satanás. Perderam completamente o caráter de peregrinos e ficaram cegos (I Ped. 1:21 ;II Ped. 3:7). 

[Esse tipo de pensamento é muito comum. Eu mesmo nem sabia, mas "no fundo no fundo" eu tinha esta ideia, que um político poderia acrescentar algo de bom para nós. O Espírito me mostrou o contrário a um tempo. Vou dar uma "rodeada", rapidinha, mas vou explicar a história toda:
Bem, eu costumo pensar que é bom termos irmãos em todos os lugares da sociedade, nas mais diversas profissões. Pois assim, com certeza estes irmãos podem se achegar a pessoas que eu não posso, em lugares que eu não frequento. E logo quando eu estava lendo Atos dos Apóstolos, quando Herodes manda prender Pedro e ordena para alguns soldados ficarem vigiando me veio logo o pensamento "Se houvesse irmãos soldados, bem que poderiam 'agilizar' o lado de Pedro, não só de Pedro, mas dos outros 'Pedros' da vida". 
Que intenção boa não é? Intenção ótima! Mas o Senhor não busca pessoas com boas intenções, e sim de coração rendido ao seu reino. 
Qual foi o meu problema? Meu pensamento estava confiando nas mãos de homens, sendo que eu posso confiar muito mais na vontade de Deus. Foi aí que o Espírito me incomodou. Os irmãos, no primeiro século, não foram lá tentar conversar, dialogar, soltá-lo na surdina, não criaram planos mirabolantes para libertá-lo... não, nada disso. os irmãos simplesmente oraram. 
Quando eu digo que o Evangelho do Reino é simples, tem gente que não entende. Mas é exatamente isto. O natural do homem, (eu incluso), é sempre buscar soluções lógicas. Mas assim que nos tornamos como servo do Senhor, debaixo do governo dEle, a solução mais lógica é buscá-Lo, e deixar nossos problemas, nosso fardo, nossas inquietações todas com Ele! 
É exatamente o contrário que fazemos nas eleições. É depositar nossas esperanças, por menor que sejam, nas mãos de Homens, de um mundo falido, julgado e condenado!
Texto em Atos para quem não conhece:
Atos 12.3-9
3 E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.
4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
6 E quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão.
7 E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias.
8 E disse-lhe o anjo: Cinge-te, e ata as tuas alparcas. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa, e segue-me.
9 E, saindo, o seguia. E não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma visão]

1 Pedro 1.21
21 E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus;

2 Pedro 3.7
7 Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.

1 João 5.19
19 Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.

3. Os que se envolvem como candidatos e usam o nome de Deus como mercadoria para ganhar votos 

Estes mentem aos cristãos, tentando convencë-los de que Deus precisa de figuras no poder político do sistema mundano. Na verdade estão em busca de seus próprios interesses e usam o nome de Deus como mercadoria para ganhar votos. A maior parte está promovendo escândalos lamentáveis e blasfemam o Evangelho com suas condutas ímpias. 

Ao aderir a um partido político, não se importam em dar aval à diretrizes que incluem posições de afronta à Bíblia e de meios maquiavélicos para conquista do poder. Eles frequentemente fazem uso distorcido da Bíblia para sugerir que Deus precisa deles no poder, como meio de “conquistar a sociedade”. São apenas mentirosos e distantes da verdade eterna. Agem como cidadões deste mundo e não como embaixadores da pátria celestial. Se andassem como Jesus (I João 2:6), não suportariam o ambiente sujo da política e também não seriam suportados. 

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. (Salmo 1: 1-2)


Qual a posição política de um verdadeiro Cristão? 

O cristão genuíno, que vive sob controle do Espírito Santo, tem em mente algumas coisas bem claras: 

O único poder que Deus precisa usar é o do Espírito Santo (Atos 1:8). Infelizmente, o cristianismo verdadeiro é mais comum nos países em que seus governantes perseguem os cristãos. Na relativa liberdade que temos, floresce um cristianismo vergonhoso.
[Eu acho, que seremos perseguidos também, no momento em que nos aproximamos mais de Cristo, o problema é que hoje, há um evangelho fajuto, barato, sem sentido, sem Cristo, sem renúncia, sem cruz, sem negar-se a si mesmo... e quando estes evangelhos forem tratados como algo diferente do Evangelho do Reino de Deus, provavelmente seremos perseguidos. Porque o mundo odeia o que é dos céus. 
João 15.18-19
18 Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim.
19 Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.
Por isso, enquanto é pregado um evangelho mundano, seremos assim, sem perseguição. Quando pregarmos como Cristo em Mateus 3.2 "Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos Céus", aí certamente seremos perseguidos]

O mundo e seus sistemas estão condenados. Quando Jesus estava na terra como homem, Ele observou todas as injustiças que o Império Romano lançava sobre Israel. Quando questionado sobre os injustos impostos, Ele simplesmente disse: “Daí a César o que é César e a Deus o que é de Deus.” (Mat. 22: 17-21). Isto decepcionou aqueles que esperavam um grande líder político que organizasse um levante ou que tivesse poder e influência política junto ao imperador. Jesus não cansava de dizer: “Meu reino não é deste mundo” (João 18:36). 

A esperança do cristão não está em nenhuma forma de poder além de Cristo. Ele não anda ansioso por coisa alguma, pois entregou o seu presente e futuro aos cuidados do Pai Eterno, que é zeloso e amoroso com os seus filhos. Além disso, esse cristão vive a lei do contentamento, estando satisfeito com o seu sustento e por não seguir os modismos e o consumismo do mundo, não está louco para ter mais e mais. Não é um político que irá abençoar ou não o seu sustento material (I Tim. 6: 3-19). 

O verdadeiro filho de Deus sabe que todo o mundo com seus sistemas políticos já estão julgados por Jesus. Assim, ele não busca tomar qualquer parte na cena que está destinada a destruição (II Ped. 3:7). Ele exerce seu direito (e/ou obrigaçao) de voto, mas sua esperança está no Reino de Deus. 

O discípulo de Jesus tem o Espírito Santo que o ensina como viver e andar por este mundo. Por isso, sabe que estamos vivendo o tempo profetizado pela Palavra de Deus denominado como ‘princípio das dores’. Esse cristão sabe que nada vai melhorar daqui por diante e que toda promessa de paz e prosperidade é falsa e provém da atmosfera de engano que já envolve a terra nestes tempos de prenúncio do reino do anticristo (I Tess. 5:3). São tempos trabalhosos, angustiosos, de aumento do mal. 

Não há homem no mundo que possa alterar este curso. Deus tem operado já juízos sobre a terra, a fim de que os homens perdidos venham a se arrepender. O Senhor faz isso na esperança de que o homem entenda que não há nada de bom aqui nesta terra, nada que se compare a uma eternidade na presença de Jesus. 

Por fim, o filho de Deus intercede por suas autoridades. Agindo assim, ele demonstra a sua qualidade de cidadão de um reino superior e eterno, um reino em que o seu Rei é justo, puro, bom, verdadeiro, amoroso. Um reino que em breve será estabelecido, quando a pedra cortada sem o auxílio das mãos aniquilará os reinos do mundo, espedaçá-los-á, para que seja estabelecido o Reino do Senhor (Daniel 2: 33-35 e 43-44). 

Infelizmente, esta palavra é inacessível aos ouvidos de muitos dos cristãos. Amontoaram-se “doutores” para lhes ensinar coisas completamente contrárias. Os ouvidos desta geração estão tapados, marcando a triste situação dos últimos dias (II Tim. 4: 1-5). Mas, o Senhor está purificando alguns para o encontro com Ele. 

Outrora já estive enlaçado neste mal, fazendo defesa de ideologias dos homens, acreditando na sua eficácia em melhorar a situação do nosso País. Um dia o Senhor abriu meus olhos e claramente demonstrou de onde procedia tudo: Do reino inimigo. Passei a compreender a extensão da esperança do cristão e do seu caráter de forasteiro neste mundo. Também compreendi que o mundo com seus sistemas está falido e condenado (João 3:19, 16:11) sendo impossível alguém alterar seu rumo desastroso. Quando fui liberto deste cativeiro, percebi o quanto afrontei a Deus e a sua Palavra, mas alegro-me por Deus ter encontrado em mim espaço para realizar sua obra. 

O que podemos concluir de tudo isso? 

Maranata, ora vem Senhor Jesus!!” (Ap. 22:20)


3 comentários:

Rita disse...

Paz!
Excelente,não há muito o que comentar,tudo está na ordem correta, muito bom esse texto.
Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.2 Tm2;4
quem tem ouvidos....
Deus o abençoe irmão!!

Marcus Moreira disse...

Esta mensagem é dura pra muitos irmãos que ainda não se atentaram para esta realidade. O que me conforta é saber que o Espírito tem colocado no meu coração estas mesmas verdades.

Paul Fischer disse...

Muito obrigados irmãos!

O Senhor abençoe todos vocês!

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